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A ORIGEM DO DISCIPULADO

O discipulado não é uma doutrina moderna, nem tampouco exclusiva do Novo Testamento, vamos ver alguns exemplos de discipulado no Antigo testamento:

- Moisés e Josué – Moisés delegou sua autoridade a seu discípulo mais chegado Josué e a mais setenta anciãos.

- Elias e Eliseu – Quando Elias joga sua capa sobre Eliseu começa uma relação de discipulado que durariam onze anos, onde Elias ensinaria a Eliseu tudo que ele precisava aprender para posteriormente assumir a posição de profeta de Israel.

- Noemi e Rute – Rute se apegou à sua discipuladora Noemi e entrou na maior genealogia da história, que é a do próprio Jesus Cristo. Rute foi tocada por Deus a ficar com Noemi. Isso nos mostra que para o MDA funcionar é preciso uma forte mover do Espírito Santo ligando um irmão ao outro em amor.

 

O QUE É O DISCIPULADO

 

Antes de começarmos qualquer obra na casa de Deus, precisamos ter o modelo e as explicações detalhadas a respeito de como edificá-la. Uma das causas de frustrações de diversas obras, nestes dias, é que queremos fazer muito, mas sem o entendimento claro de como fazer. Queremos unidade, avivamento, formação de líderes, discipulado, mas não sabemos como nem por onde começar. O objetivo deste curso é estabelecer com clareza as bases da visão do discipulado de forma prática, simples e dinâmica, proporcionando a todos a capacidade de ingressar na visão dada por Deus à nossa igreja.

Então, o que é o discipulado? Podemos dizer que são “vínculos íntimos, sólidos e entranháveis entre duas pessoas- discípulo e discipulador. O discípulo deve ser aberto, maleável, tratável, e ter desejo de se formar em Deus. Ele escolherá seu discipulador direcionado por sua liderança: Alguém cuja vida cristã global seja totalmente aprovada (previamente discipulado), para levá-lo a uma posição mais elevada em Deus, de aprendizado da palavra e de vida”.

O que não é discipulado:

- Discipulado não é uma classe cheia de alunos com um professor á frente.

- Discipulado não é um relacionamento de aconselhamento esporádico.

- Discipulado não é um relacionamento entre uma pessoa inexperiente com uma mais experiente, onde se reúnem para fazer estudos bíblicos, também não é discipulado uma programação pré- estabelecida de estudo, formação teórica ou teológica.

Porque nada disso é discipulado? Porque o cerne do discipulado não consiste em programação humana, baseada em talentos carismáticos de determinado líder, e sim em vínculos fortes em alguém com o coração ensinável e um discipulador aprovado. O centro do discipulado são vínculos, ligaduras no Espírito, alianças entranháveis – compromisso de submissão, de andar na luz, de se deixar tratar. Esse vínculo é a evidência de que aceito o desafio de andar na luz com alguém, e “herdar o seu manto”, submeter-se a ele e abrir mão dos meus conceitos errados.

No discipulado vivemos Tg 4:10, humilhai-vos diante da potente mão de Deus. O convite é servirmos, honramos e nos submetermos uns aos outros, e não reinvidicarmos. Para termos unção, poder, autoridade e revelação é preciso se humilhar e renunciar.

Mas por que renunciar? É a única forma de Deus nos levar ao quebrantamento e à total dependência Dele, que é o caminho para a eternidade.  Ex: Moisés no deserto, Jesus abriu mão de tudo por amor de nós.

  •  Três tipos de relacionamentos de Jesus

Jesus e a multidão:

 João 6:2, “seguia-o numerosa multidão”. O ministério de Jesus foi de multidão, mas Ele nunca as priorizou. Ele deu prioridade aos vínculos profundos que desenvolvia com os discípulos. A multidão o seguia para ver milagres e não para conhecê-lo e saber suas motivações. Quem não é conhecido não é confiável.

A massa é levada pelo seu ídolo, vai e vem com facilidade. Temos que conhecer os amados irmãos que são da multidão em nossa igreja, para não cobrarmos compromisso de quem não os quer ter. Jesus sabia que da multidão não deveria esperar compromisso, mas mesmo assim não deixava de atendê-las. Se cobramos algo da multidão, que só poderíamos cobrar dos discípulos ela nos deixa. Grande parte dos que estavam com Jesus depois se voltaram contra Ele.

A opinião da multidão varia de acordo com as suas conveniências, ela busca as suas próprias necessidades, quando havia um problema procurava a Jesus, mas nunca o conhecera profundamente, o relacionamento era esporádico e distante.

Convertidos, salvos, batizados, mas que não tem nenhuma aliança com a igreja local e não se deixam tratar e demonstram o interesse de se manterem distantes e sem compromisso, são exemplos de multidão, não tem sequer compromisso de assiduidade nos cultos, e como conseqüência são eternas crianças, são conservadoras, materialistas, problemáticas. São crentes, devolvem o dízimo, têm uma conduta religiosa, mas se acostumaram a relacionamentos superficiais na casa de Deus. São irmãos que não tem a visão clara de nada, todas as áreas da sua vida são mais ou menos nebulosas. Vivem altos e baixos na sua vida cristã.

 

O QUE LEVA ALGUÉM A SER MULTIDÃO:

 

- Decepções conhecidas: Relações infrutíferas, escândalos, feridas profundas e decepções com a estrutura da igreja, produzem crentes sem nenhum compromisso com o Corpo.

- Medo de serem conhecidas: temor da rejeição, medo de ser manipulado por alguém.

- Ignorância do melhor de Deus: Acham que a vida miserável em que vivem é o modelo de Deus, que ninguém o entenderia e poderia ajudá-lo.

- Falta de compromisso mesmo: Seus interesses pessoais estão acima de tudo.

 

A MULTIDÃO EM RELAÇÃO A DEUS E A LIDERANÇA

 

- Relacionamentos distantes e impessoais.

- Diálogos sempre muito superficiais, conversas fiadas.

- Fraca resposta à palavra.

- Fuga de cobrança e confronto. Não se deixam tratar.

- Motivação desconhecida, portanto não confiável para posição de liderança dentro da igreja.

- Limite de crescimento baixo

- Totalmente independente.

- Infantilidade, confusão religiosa, frustração, atitudes materialistas.

- Não herdam espiritualidade.

- Fogem da cruz, não toleram o desprazer.

- Vivem de aparência.

 

Jesus e os seguidores ocasionais: 

 

O segundo nível de relacionamento de Jesus foi com aquelas pessoas que o procuravam para serem aconselhadas. Por exemplo, Nicodemos, que não era da multidão, estava mais próximo de Jesus, mas não se obrigava a obedecer à palavra que Ele lhe dava. Outro exemplo é o jovem rico, era um simpatizante de Jesus, cumpridor da lei, um crente fiel, mas quando foi confrontado voltou atrás, quando Jesus lhe mostrou a cruz logo retrocedeu.

Há uma classe de pessoas na igreja que ouvem a palavra, ouve a direção, conselhos, mas não tem compromisso em obediência. Procuram os pastores e líderes, são assíduos na igreja, participam das programações, etc. Podem ser apáticos ou, às vezes, ativistas e místicas. São raquíticas espiritualmente, alimentam-se da palavra, mas de modo insuficiente, são sempre anêmicos na fé, incrédulos, apáticos, mornos, vivem na infância eterna. Chegam, marcam presença, dão boas sugestões, estão nos jejuns, mostram-se intensos, e desaparecem até a próxima temporada de fogo, conduzem-se num fervilhar de profecias, sonhos, visões e tolices.

Tem opiniões muito fortes, mas não se deixam tratar, Deus as usa, mas o relacionamento com Ele é caracterizado pela superficialidade e pelo limitem com que se deixam tratar. Podem até estar convencidas de que são muito espirituais, mas tem um relacionamento distante de Deus e dos demais irmãos. O fato de serem distante dos líderes mostram como são distantes de Deus. Esse grupo em sua maioria é composto por líderes mal formados, o relacionamento construído com a liderança não é de discipulado. Caminha por conta própria, daí a desunião, a multiplicidade de pensamentos e das direções que são dadas nas igrejas hoje.

Cada um planeja uma coisa, há uma diversidade de “obras de Deus” que na verdade, é obra humana, cada qual caminha conforme “o que lhe parece bons aos olhos”. Frequentemente criticam a multidão por falta de compromisso.

A falta do discipulado produz líderes não confiáveis, imprevisíveis, que não se deixam conhecer à luz dos relacionamentos.

Normalmente esses irmãos são estabelecidos como líderes, por serem assíduos e falantes, terem talentos e dons espirituais mal usados, forte tino de liderança, e é aqui onde uma igreja sem discipulado se dá mal. A partir deste princípio quebrado é que surgem os escândalos. Essa falta de critério bíblico para estabelecer líderes e obreiros precisa mudar, se quisermos uma estrutura de igreja mais firme e frutífera.

Para sermos estabelecidos como líderes na casa de Deus, precisamos ter vínculo de discipulado com aqueles que vão nos estabelecer. Qualquer outro meio é inseguro. Acerta-se com uns por que são sinceros e submissos e erra-se com outras que saem da igreja e roubam ovelhas, sedentos por cargos e títulos, poder e glória.

Existe um limite de crescimento para essas pessoas que é a obediência aos princípios da palavra, existe um limite para se deixarem tratar. Enquanto há conveniência, enquanto se faz o seu gosto, enquanto são vistas pela multidão, no lugar de liderança, enquanto recebem de Deus e tem cargo, caminham bem e em unidade, mas quando são confrontadas, quando começa a se tratar o problema, se escandalizam e fogem do compromisso. São cegas quanto às circunstâncias de Deus para tratar com elas. Estão com os olhos fixo nas situações naturais, nas injustiças, nas circunstâncias, na igreja que falhou com ela, na política da igreja e, sem perceber, se deixam tomar por sentimentos de auto-piedade e justiça própria que paralisam sua caminhada. Sempre estão esperando que a liderança volte atrás e as considere. Extremamente infantis, não estão com o entendimento aberto para as circunstâncias espirituais as quais Deus espera que cedam, abram mão de direitos, se deixem tratar, aprofundem seus vínculos, amadureçam e dêem frutos.

 

SEGUIDORES OCASIONAIS EM RELAÇÃO A DEUS E À LIDERANÇA:

 

- Relacionamentos freqüentes, mas superficial.

- Diálogos abrangentes, mas sem tratamento dos conteúdos interiores.

- respostas inconstantes à Palavra.

- Ligações por conveniência à liderança.

- Fuga de cobrança e confrontação.

- Estagnação e tédio espiritual.

- Fidelidade às programações, normas e preceitos, da estrutura religiosa, mas não se deixam tratar pela cruz.

- Nada herdam espiritualmente.

- Misticismo infantil.

- Opiniões próprias muito fortes.

- Ausência de revelação na palavra.

 

Jesus e os discípulos:

 

 O terceiro nível de relacionamento que Jesus construiu foi com os discípulos. Aqui nesse nível existe a total intimidade; a liberdade com que expressam pensamentos e sentimentos é total, o compromisso e a renuncia também é total. As motivações dos discípulos e o potencial de resposta de cada um são intimamente conhecidos. Discipulado nos fala de aceitação do preço da cruz. Jesus pegou homens comuns e iletrados e entregou a eles toda a autoridade para a continuação de seu ministério, ou seja, passou o seu “manto”. E importante entender que Ele não deixou seu ministério para as multidões ou seguidores ocasionais, somente os discípulos puderam continuar seu ministério.

É necessário entender que antes de alguém ser enviado para algum lugar, ou liberado para ocupar uma função qualquer na Igreja, ou estar à frente de qualquer obra, como líder, como obreiro, ou como pastor ou missionário, é necessário que seja através de fortes vínculos de discipulado.

Muitos tem priorizado o “ir” sem “ser”. Antes de darmos qualquer coisa para alguém fazer, precisamos formar e aprovar a pessoa através de fortes vínculos de discipulado, em confiança, amor e sujeição. Corrigirmos princípios de vida errados que estão arraigados na alma dessa pessoa. Só o discipulado equilibrado pode gerar líderes de fato aprovados.

 

CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO:

 

- Total intimidade.

- Máxima resposta à palavra.

- Submissão.

- Crescimento constante e desobstruído.

- Abertura e maleabilidade para se deixar tratar.

- Motivação conhecida.

- Dependência de Deus.

- Vida de vitória.

- Ministro desenvolvido e reconhecido.

- Clareza dos princípios de Deus.

 

 

 

QUESTIONÁRIO:

 

  1.  O que é discipulado?

  2.  O que caracteriza os crentes da multidão?

  3.  O que caracteriza os crentes seguidores ocasionais?

  4.  O que caracteriza os discípulos?

  5.  Por que o discipulado é importante para a Igreja?

Aula 1 - A Origem do discipulado e o que é discipulado!

Parabéns por ter chegado ao fim da primeira aula. Oro para que você seja fortalecido ( a ) no poder  do Espírito Santo de Deus e que hoje você cresça mais na maturidade cristã, siga para a segunda aula e a cada passo você estará se tornando um discípulao amado de Cristo. Confiamos em você. Pastor Marcos Rondon

Allan Marcel 

30 anos

" Jesus Cristo é a melhor coisa que já experimentei".

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